Quando mais jovem sempre me orgulhei de agir com muito profissionalismo e de ser reconhecida por isto. Recentemente, senti e vi o profissionalismo no trabalho de um time ao realizar uma dinâmica estratégica com a equipe. Contudo, cada dia fica mais claro que apenas engajar-se e cumprir funções e tarefas no escopo e prazos planejados não é o suficiente.
Por mais que todos dominassem suas funções e estivessem comprometidos, a “vibração” e a conexão com algo maior não estavam presentes. Sem estes atributos, não há encantamento do cliente, do time e de terceiros envolvidos. Todos são apenas profissionais.
A questão-chave é como evoluir do profissionalismo à arte e à excelência.
A teoria dos estágios de desenvolvimento de adultos, de Robert Kegan, a psicologia positiva, os avanços recentes da economia comportamental e da neurociência permitem-me a ousadia de sintetizar alguns elementos críticos para responder à questão-chave colocada:
Buscar uma intenção que vá além de indicadores de EBITDA ou de faturamento. Sem este não há motivação intrínseca, dedicação e nem capacidade de inspirar terceiros a realizar esforços na direção desejada;
Necessária para superar vulnerabilidades e sair da zona de conforto, caminhando em direção à maestria e à libertação em relação ao técnico, à perfeição;
Só assim, pode-se ler adequadamente o ambiente e agir com amplitude de movimento, sem se prender a um viés ou outro (padrões já estabelecidos de ação);
Especialmente, para reconhecer que o foco não é você. Você não está naquele contexto para ser reconhecido como “o melhor”, mas sim para fazer a diferença naquele momento e para aquelas pessoas;
Demonstrando que realmente “se importa”. A conexão dá força ao propósito individual e coragem para sair do “roteiro técnico”;
Com o seu impulso natural de se tornar algo e, não apenas com a sua zona de conforto;
É, isto mesmo. Ir além do profissionalismo no trabalho, requer singularidade. Para uns poderá se materializar numa aguçada sensibilidade para entender o outro, para outros na criatividade, ou numa forte capacidade de estabelecer confiança rapidamente.
Acreditem, todos podem evoluir no sentido da arte e da excelência. Só é necessário querer e imprimir esforços na direção dos sete elementos críticos que destaquei acima.
Para aqueles interessados em “sentir” como se passa do “apenas” profissionalismo no trabalho para a arte e excelência, recomendo assistir o filme “Coldplay: A Head Full of Dreams”, que conta a história da Banda “Coldplay”, bem como uma das palestras de Brené Brown sobre Vulnerabilidade.
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